segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Video: "De tudo um pouco" BAILON

Vídeo da exposição do NOMADE BAILON na Sangbon Galeria/Loja.
A exposição vai até o dia 14/03.



Vídeo feito por: Bebeto

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fotos: BAILON na Sangbon ::: Exposição: "De tudo um pouco"

Durante o mês de fevereiro o "NOMADE" BAILON está expondo diversos trabalhos, dos antigos aos mais recentes, na loja/galeria Sangbon em Itajaí-SC. Abaixo estão algumas fotos da exposição:









Fotos: BAILON na Sangbon Exposição: "De tudo um pouco"

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

BAILON NA SANGBON

Começa hoje as 19.30 a exposição do "NOMADE" BAILON, na Sangbon Loja/Galeria.
A exposição mostra diversos trabalhos do artista, entre pinturas, ilustrações e sketchbook.
Quem quiser visitar é só aparecer hoje na abertura ou no decorrer do mês.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

PROFILE - TONELLI a.k.a. BIRUTA


Onde você nasceu?
Itajaí- Santa Catarina -Brasil

Como e quando você descobriu que queria ser artista?
Lembro que desde pequeno gosto de história da arte, quando estudava no colégio. Também gostava muito de visitar museus e exposições de arte, me lembro de uma exposição do Cândido Portinari que visitamos na época do colégio eu tinha lá uns 12 anos, e ainda lembro de ter apreciado e ficado vidrado com aquela exposição, que começou com um curta metragem sobre a vida do artista e depois fomos ver as obras, apresentadas por um guia do Museu de Artes de Itajaí. Tive a oportunidade de apreciar arte desde a infância e venho praticando desenho desde cedo. Então acho que as coisas aconteceram naturalmente, mas só descobri mesmo que queria ou melhor, "poderia" ser artista quando participei da minha primeira exposição coletiva em 2005 no MIS em São Paulo, era a II Mostra Internacional de Arte e Cultura Surf.

Você teve uma educação artística formal ou aprendeu na prática?
Tenho formação em Design Industrial, estudei história da arte e sempre fui incentivado com educação artística desde o colégio. Na prática ainda estou aprendendo.

Conte um pouco da sua trajetória.
Bom... tudo começou no terceiro ano do ensino médio , o último ano de colégio, aquele ano de incertezas , que você têm que decidir o que você vai estudar na faculdade. Durante as aulas eu desenhava caricaturas dos professores, enquanto eles explicavam teoremas complicados no quadro negro com giz branco. Meus amigos gostavam de ver as caricaturas, e davam boas risadas quando as viam... a quantidade de professores era grande, tinhamos muitos professores, sempre rolavam pedidos pra fazer uma nova caricatura de um professor que ainda não tinha feito. Até que me pediram pra fazer uma arte com todos os professores juntos para ser estampada na camiseta da turma... Fiquei responsavel por fazer aquela arte, depois de perder várias aulas desenhando, meso estando presente, apresentei a arte final pro professor Caio, que era grande, redondo, tinha uns 200 kilos, uma caricatura com vida. O professor Caio fez um comentário sobre aquela arte que guardo até hoje. Depois de passar os olhos sobre a arte sem muito se impressionar com o que via, Respondeu com clareza - Ficou uma bosta!! disse ele me entregando o papel de volta. Voltei pra minha carteira tentando entender o porque daquele comentário. Só hoje entendo que o Professor Caio na verdade estava me preparando pro mercado de trabalho...

Quais são as suas referências?
Emiliano Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Angeli, Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, Salvador Dali, Pablo Picasso, entre os clássicos. Thomas Campbell, Barry Mcgee, Andy Davis, Wolfgang Block, Craig Stecyk, Alex Koops, Vitché, Highgraff, Doze Green, Mars-1, Jeff Soto entre os contemporâneos.

Tente explicar o seu trabalho em palavras. Em que consiste a sua arte?
Na pintura: cores, formas, texturas, perspectiva, luz e sombra, mas também gosto de desenho a lapiz e fazer ilustrações e caricaturas tenho um lado mais construtivista e um pouco surrealista, e outro lado que gosto de fazer caricaturas e artes com formas simples.
Que materiais você utiliza no seu trabalho?
Tinta acrílica, latex e spray algumas vezes, e sempre uso canetas Poscas, em quase tudo.

Onde você cria?
No meu atelier, na minha casa.


Explique o “ritual” que você pratica antes de iniciar um trabalho. Como funciona o seu processo criativo?
Tenho um atelier pequeno na minha casa, é lá que faço as experimentações com tintas e boto as técnicas em prática, começo fazendo fundos até ter a idéia do que pretendo fazer, depois desenho com canetões e ai vou jogando outras camadas de tintas até chegar a cores e texturas que me agradam.

Em que projetos você está trabalhando no momento e o que vêm pela frente?
Acabei de expor trabalhos em três exposições de arte e cultura surf, agora em janeiro de 2009, duas foram mostras itinerantes do Festival Alma Surf uma em maresias e outra no Morumbi em São Paulo. A terceira foi o II Santos Surf Art, na cidade de Santos SP. Que foi um evento épico no cenário da surf culture mundial, reunindo grandes artistas internacionais como também artistas nacionais e emergentes. Em Julho 2009 participo da VI Mostra Internacional de Arte e Cultura Surf, que acontece na Bienal do Ibirapuera em Sampa.

Você tem algum horário em que prefere trabalhar?
Depois do café da manhã e de tarde depois de uma manhã de surfe ou final da tarde e a noite quando não estou muito cansado.

É possível viver de arte no Brasil?
Sim é possível, mas não vendendo quadros, você tem que fazer vários bicos pra então poder fazer arte, e é assim que se vive de arte no Brasil.

O que você acha da cena “underground” brasileira? Você se considera parte dela?
Acho inspiradora, foi no Estados Unidos com um ponto de vista diferente, que percebi que o Brasil produz muito estilo, na música na beleza das pessoas e na riqueza cultural e isso se reflete também na cena underground, no grafitti que vemos em São Paulo. Me considero parte dela por estar sob as mesmas influências e ser contêmporâneo a isto.

O que você estaria fazendo hoje se não fosse artista?
Não sei.

O que é ser NOMADE para você?
Viajar. Adaptar-se a novos estilos de vida e se inspirar com culturas diversas.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

PROFILE - DAVI ESCOBAR


Onde você nasceu?
Nasci em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Como e quando você descobriu que queria ser artista?
Desde que me lembro, sempre gostei de desenhar. Aos 16 anos de idade sonhava em ser tatuador, isso estimulou a desenvolver minha técnica de desenho, estudando, pesquisando. Durante a minha adolescência dediquei-me ao desenho para começar a tatuar.
Na época estava amadurecendo o que seria a minha profissão, com a meta de tatuar veio à tona minha vocação e nessa etapa da minha vida me descobri artista e passei a viver da arte.

Você teve uma educação artística formal ou aprendeu na prática?
Aprendi mais na pratica do que formalmente , mas não posso deixar de comentar um curso que fiz na minha cidade, na Escola Nacional de Desenho-(END) , também fiz algumas oficinas e alguns cursos de desenho e gravura no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre., mas a prática foi a minha grande escola.

Conte um pouco da sua trajetória.
Com três anos já rabiscava desenhos bem legais, tenho o desenho de um rosto feito ao três anos guardado por minha mãe, que teve a sensibilidade de perceber minha habilidade para o desenho, sempre me incentivou quando criança e adolescente me presenteando com materiais para desenho e cursos.
Com 16 anos, comecei a desenhar com um foco em especial, que era me tornar um tatuador, (minha mãe e o resto da família nem imaginavam....) fiquei alguns meses desenhando sem parar até me sentir apto a fazer a primeira tatuagem em um ser vivo!!(a cobaia fui eu)
.Minha trajetória artística começou a tomar forma em 1997, quando na praia de Torres no RS, fiz as minhas primeiras tatuagens. Depois de aproximadamente seis anos morando no litoral (entre Torres e Guarda do Embaú em Santa Catarina), voltei para Porto Alegre. Nesse período, comecei a fazer trabalhos de pinturas em tela, aerografia e air brush, pintava pranchas, banners para as bandas da cidade, pintava fachadas para lojas e também fui garçom nas horas vagas!!!rs...
Conheci alguns personagens da cena do graffite (Trampo RS, Orati Ch.), me rendi aos encantos do spray e na mesma época comecei a trabalhar como designer gráfico para algumas lojas e marcas locais e nacionais, (Vibe , Red Nose, Reef).
Trabalhei para a “MCD”, tatuando em work shops, vitrines, cenografia e decoração.
Felizmente agora moro em Floripa, no Rio Tavares , onde atendo meus clientes e amigos, continuo pintando telas, shapes e pranchas entre uma tatuagem e outra,
Voltei também a graffitar e ainda não sai pintando na rua , como costumava fazer no sul, mas pretendo desenhar aos poucos o meu espaço nessa ilha maravilhosa e no mundo...

Quais são as suas referências?
Dali, Gyguer, Patryck, woldrolf, Filipleu, Mauricio Teodoro, Buda , Jesus, Crishna ,Arte Oriental, Horioshy, rock and roll, surf, skate, daim, gêmeos, Mucha, Don Ed Hardy, Glauco Tattoo, FranckTattoo, Jun Matsui, Che Guevara, Michelangelo, Leonardo da Vinci, San Flores entre outros não lembrados...

Tente explicar o seu trabalho em palavras. Em que consiste a sua arte?
Ainda procuro um caminho, agora nesta faze sou uma esponja, absorvo tudo, dando muito valor as coisas clássicas, tanto na tatuagem como na arte!!!
Meu trabalho se manifesta de varias formas, através das tatuagens, que andam por baixo dos ternos e dos vestidos, pelas ondas, nas areias, nas pistas de skate, na pele das mais diferentes personalidades, nos muros, nas telas e nas pranchas.

Que materiais você utiliza no seu trabalho?
Tinta acrílica, sobre qualquer superfície que possibilite isso, grafite, nanquim, pastel seco e oleoso, spray, aquarela, carvão são os materiais que uso com mais freqüência.

Onde você cria?
No meu stúdio, e na minha casa onde prefiro por ser mais tranqüilo.

Explique o “ritual” que você pratica antes de iniciar um trabalho. Como funciona o seu processo criativo?
Eu tenho que estar me sentindo organizado para começar a desenhar ou pintar, já para graffitar pode ser no meio do tumulto sem problemas...
Em que projetos você está trabalhando no momento e o que vêm pela frente?
Estou sempre fazendo os desenhos para meus clientes, no tempo que sobra estou me disciplinando para produzir mais arte e divulgar o meu trabalho.
O projeto mais recente é uma exposição em que vou graffitar e tatuar na pista de skate da Drop Dead, que fica em Curitiba em março.

Você tem algum horário em que prefere trabalhar?
É relativo, às vezes pela manhã cedo, as vezes na madrugada não tenho muita regra para isso.

É possível viver de arte no Brasil?
Olha, acho que intuitivamente um dos motivos que me levou a tatuar foi poder viver de arte em nosso país.
Na verdade não e fácil, mas quando se passa por dificuldades o que compensa é trabalhar na sua vocação.
Eu sou a prova que é possível viver de arte nesse país, fazem 13 anos que me viro nos 30!rs...

O que você acha da cena “underground” brasileira? Você se considera parte dela?

Eu acho legal tudo que é underground, pois quase sempre tem algo de original, algo de imaculado mais próximo da essência, acho que isso é o que fascina.
Eu me identifico muito.

O que você estaria fazendo hoje se não fosse artista?
Viraria hipie...

O que é ser NOMADE para voce?
Nômade me lembra , andarilho, viajante, liberdade, informalidade, acúmulo de experiências, inconstância, são características me vem na cabeça.